terça-feira, 23 de junho de 2009
sequência narrativa (2)
No (por enquanto - quase - fictício) capítulo 1, o sujeito do calendário da Pirelli, um piloto de aeronaves, estaria taxeando em uma pista de aeroporto, surgindo na parte superior do enquadramento e fazendo uma parada na bifurcação da parte inferior do quadro. Depois de pensar um pouco, o comandante (de si mesmo, da própria vida) escolhe virar à direita dele (esquerda nossa), e vai sumindo do enquadramento. Quando o espectador imagina que ele terá ido embora, ele volta surgir, de cima, "descendo" até virar à esquerda dele (direita nossa), passando a traçar uma rota que desenha um 8, desenho este que pode deitar-se num travesseiro branco e macio e assim ficar até a eternidade. Uma nebilna começa a tomar conta da pista, mais e mais, até que só vemos uma fumaça branca na tela. Quando o nevoeiro se dissipa, o Senhor Calendário, que se recusou a fazer um vôo em troca de bilhetes aéreos, já sem o aço do avião e o asfalto da pista, abraça e agarra(-se) (a)a Terra, (a)a Mãe, (a)o Biológico, (a)o Animal, (a)o Transcendente, (a)o Mitológico, porque faz parte disso tudo, é dali que ele vem e é ali que ele voa, deixando marcas de trajetos nesse desktop marrom.
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